segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Juliana

Ela dormia profundo, sua respiração quase não dava para se notar. Ela estava linda, seu cabelo novo brilhava junto com seu rosto. Ela estava forte... Com sono, mas estava bem.
Lembro-me bem daquele momento. Ela abria os olhos e sorria para mim, mas logo fechava-os novamente para descansar. Poderia dormir também, mas minha vontade de olha-la e cuidar dela era tão maior. Afinal, nada era mais importante naquela hora a não ser ela. Eu lembrava então dos nossos momentos juntas. Nossas conversas, nossas baladas planejadas, nossos vídeos, brincadeiras de primas. Tudo era tão bom. Nós éramos tão novas, mas tão amigas. Todos os primos, na verdade. Se faltava um, não tinha tanta graça. Todos tinham sua significativa importância. Mas ela... Ah, ela. Ela era linda. A risada, a felicidade que ela trazia no olhar. Tudo nela era dela, não era cópia, não era moda, era ela. Era força, era beleza, era handebol, era animação, era alegria, era prima, era irmã mais velha, era filha, neta, amiga... Era Juliana.
Hoje já não estou mais a admira-la naquele quarto, com aquele sorriso e aquela disposição. Hoje também não a vejo triste. Hoje, na verdade, não a vejo, não posso ver... Mas sei que hoje o céu se abriu, o sol brilhou mais forte, a luz estava ali. Parecia até que o céu estava em festa. Mas acredito que ainda esta. Ela esta lá, com o mesmo brilho, com o mesmo amor, com a mesma força. Sendo a mesma irmã, a mesma filha, a mesma prima, a mesma amiga, sendo um novo anjo. E sendo, mais do que nunca, a nossa Juliana.

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